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Leptospirose e Hepatite em Cães

Estou com minha cadela doente com suspeita de leptospirose ou hepatite (estamos aguardando a análise do sangue). Fui informado de que operíodo de incubação da doença é de aprox. 15 dias, e como a minha mãe tem contato, cuida do animal, TEMO QUE ELA POSSA ESTAR INFECTADA. Tive informações conflitantes quanto à forma de contágio, pois o veterinário disse que era possível pelo contato com todas as secreções do animal, enquanto um médico garantiu ser só pela urina (contato direto). Estamos muito preocupados com esta situação, pois meu pai foi recém-operado (ponte de safena) e como minha mãe vai cuidar dele, tememos que, diante da sua fragilidade imunológica, ele corra risco, caso minha mãe esteja portando o(s) vírus (o que me preocupa muito também!). Estamos pensando no exame laboratorial para saber se houve contágio, porém não sabemos se, no estado latente, nesse período de incubação, o vírus pode ser detectado no exame.

Fábio
Caro Fábio
Primeiramente devo tranquilizá-lo quanto a seu pai; sua mãe não será transmissora em potencial de leptospirose (não há transmissão interhumanos) nem de hepatite (todasminhas pesquisas apontam na direçao de que não há possibilidade de transmissão de hepatite pelo cão).

A leptospirose canícola usualmente é uma forma leve de leptospirose em que predominam os sintomas meníngeos. A cefaléia, a rigidez de nuca e os sinais meníngeos dominam o quadro clínico. A icterícia, hemorragias e importantes alterações urinárias são muito menos freqüentes do que na leptospirose ictero-hemorrágica. O cão pode transmitir a leptospirose pela urina ou pela saliva (o cão tem o hábito de limpar seus genitais pela lambedura podendo a leptospira ficar em seus dentes ou saliva). Ainda que laboratorialmente tenha sido constatado a penetração da leptospira em pele sadia, é muito mais provável que haja necessidade de solução de continuidade na derme.

Após ter feito pesquisa em vários locais (CDC-Atlanta-USA, OMS, Gastroclínica - SP, colegas e veterinários) não achei nenhuma referência quanto à transmissão de hepatite do cão para o homem.

Como você pode notar não há muito com o que se preocupar, portanto acalme-se e transmita tranqüilidade para os seus.

Um abraço, com afeto.

Dr. Paulo César Madi - Clinica Médica e Saúde Publica - Santo Antonio da Posse - SP
 
 

 
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