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Vesícula Biliar

Fiz um ultrassom a 1 semana e constatou-se algumas pedras (?) navesícula biliar. Senti apenas umas 3 cólicas fortes devido a muita alimentação a noite, sem vômitos e mais nada.
Existe algum remédio? A cirurgia convencional meu médico prefere pois é 100 % eficaz enquanto a outra não. Qual o tempo de internação e recuperação para o trabalho ?
Muito Obrigado

Anônimo

Atualmente a cirurgia para retirada da vesícula biliar é indicada praticamente em todos os pacientes identificados, principalmente aquelesque foram diagnosticados em função de uma crise.
Somente em raros casos de pacientes assintomáticos em que foi identificada uma litiase biliar acidental (exame feito para outra patologia e encontrou-se a vesícula com cálculos), sendo paciente idoso e com mau risco cirúrgico, estaria indicado apenas a observação.
Modernamente a mesma é melhor realizada com vieolaparoscopia, em que se usa um aparelho com câmara e faz-se apenas 4-5 incisões mínimas no abdome para introdução do aparelho e das pinças cirúrgicas, o paciente tendo alta no dia seguinte à cirurgia (24 horas de internação).
Não havendo disponibilidade de videolaparoscopia pode-se optar por uma minilaparotomia com uma incisão sob o gradil costal direito, de + ou - 5 cms e por ai operar-se a vesícula sem problemas.
Neste caso indica-se uma internação de 48 horas após a cirurgia. Em ambos os casos a anestesia indicada e a geral, sendo que no segundo caso, dependendo da paciente e do caso clínico pode-se optar por uma raquianestesia.
A indicação da cirurgia deve-se à possibilidade de complicações do cálculo que pode provocar desde uma inflamação da própria vesícula (colecistite aguda), migrar para as vias biliares provocando icterícia obstrutiva e repercussão pancreatica (pancreatite biliar) até apossibilidade de ocorrência de câncer de vesícula biliar em função dainflamação crônica provocada pela presença do cálculo. Em tempo: nenhum medicamento mostrou-se eficaz para a possível dissoluçãode cálculos biliares. Os que foram tentados provocaram tantos efeitos colaterais que foram abandonados, ficando somente a cirurgia como tratamento eficaz.

Dr. Carlos Eugênio Pedrosa - Próctologista e Clínico geral.
 
 

 
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