Cuidado
com o Infarto
Se
você fuma, come muita gordura, trabalha fora, tem vida sedentária
e ainda por cima está acima do seu peso ideal, é forte
candidato a sofrer um ataque cardíaco. O quadro fica ainda
pior se você for diabético ou tiver casos de infarto
na família.
O
risco de ter um ataque cardíaco, tanto pode ser para homens,
como para mulheres. O número de mulheres com doenças
das coronárias tem aumentado muito nos últimos tempos.
Se você faz parte deste grupo de risco, saiba como se proteger.
A
maior responsável pela obstrução coronariana
é o excesso de gordura - colesterol e triglicérides
- no sangue. São elas que formam a maior parte das "placas
de ateromas", camadas de gordura depositadas nas paredes arteriais.
Essas placas, compostas basicamente de colesterol "ruim",
o LDL, podem "entupir" as coronárias. Porém,
o lado "bom" do colesterol, o DHL, protege a pessoa contra
os problemas coronarianos. Esse processo de entupimento das artérias
chama-se aterosclerose.
O
que é o infarto, quais são os primeiros sintomas
e tratamento
O
infarto representa a morte de uma porção do músculo
cardíaco (miocárdio), por falta de oxigênio
e irrigação sangüínea. A oxigenação
necessária ao funcionamento do coração ocorre
por um conjunto de vasos sangüíneos, as artérias
coronárias. Quando uma dessas coronárias se obstrui,
impede o suprimento de sangue e oxigênio ao músculo,
resultando em um processo de destruição chamado necrose,
e se a área necrosada for grande, o coração
pára.
O
maior sintoma de um infarto é a dor. A sensação
é de "aperto" localizada no peito, à altura
do coração. Essa dor é tão intensa que
provoca suores frios, náuseas, vômitos e vertigens,
ela costuma se irradiar para os ombros e braços (geralmente
o esquerdo), para a mandíbula, as costas, e a projeção
do estômago no abdômen.
O
diagnóstico do infarto é realizado através
dos exames: eletrocardiograma, hemograma e dosagem, no sangue, de
enzimas resultantes da destruição de células
cardíacas.
O
tratamento deve ser feito em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI),para
prevenir complicações como as arritmias , a insuficiência
cardíaca e para dissolver, por um processo chamado trambólise,
possíveis trombos que se formem no local da obstrução.
Depois
do infarto?
Depois
que a pessoa sofre um ataque cardíaco é preciso avaliar
o prejuízo, saber qual a extensão do miocardio que
foi atingida pela necrose e qual coronária está entupida.
Para
saber de tudo isso é preciso realizar exames como o ecocardiograma
(ecografia do coração), testes de esforço (exame
realizado com a esteira e a ergométrica) e a cineangiocoronariografia
(verificação do estado das coronárias e, se
necessário, do coração, através da introdução
de uma microcâmera nas artérias cardíacas).
Só então é escolhido o melhor tratamento definitivo
ao caso.
Os
métodos mais usados são as cirurgias em que se implantam
pontes de veia safena ou mamária. Essas pontes criam uma
via alternativa de passagem para o sangue que vai irrigar o músculo
cardíaco.
Outra
técnica também muito usada é a angioplastia,
em que a placa de ateroma é esmagada por um balão
de borracha introduzido através de uma artéria.
Mudar
os hábitos. Uma questão de sobrevivência.
O
primeiro passo é controlar a alimentação. A
dieta deve ser composta de carnes magras, de preferência peixes
e aves, e muita verdura e legumes. Os óleos indicados são
os de origem vegetal, notadamente de milho ou de girassol. Azeite
de oliva também é indicado pois é rico em DHL.
Os
médicos recomendam começar um programa de exercícios
sempre sob orientação. Caminhadas são aconselháveis.
Outra recomendação é mudar os hábitos,
fugindo do stress e tentando manter a calma
em qualquer situação.
O
risco de infarto nas Mulheres
Nas
mulheres, o infarto costuma ser mais fatal que nos homens. Os fatores
podem ser hormonais, que tornam a parede do músculo cardíaco
mais fina necrosando com maior facilidade.
Há
algum tempo atrás, infarto era coisa para homem. Mas, as
coisas mudaram, e a cada dia que passa o número de mulheres
infartadas é cada vez maior. As razões são
inúmeras, a primeira delas é o fumo, que aumentou
sensivelmente entre o público feminino.
A
segunda razão é que nos dias de hoje a mulher participa
como o homem na vida profissional competitiva. Além dela
ganhar um espaço no mercado de trabalho, também ganhou hipertensão arterial, stress
emocional e obesidade.
As
pílulas anticoncepcionais, que mexem com todo o sistema circulatório,
são outro fator. Quando é associado ao fumo, aumenta
em dez vezes a chance da mulher infartar.
O
outro motivo está na alimentação que está
cada vez mais rica em gordura.
Alguns
alimentos ricos e pobres em colesterol
Com colesterol |
Sem colesterol |
Carnes,
miúdos e derivados |
Clara
de ovo |
toucinho |
Óleos
de girassol, milho e soja |
Frios:
salsicha, presunto, salame,copa e mortadela |
Carnes
magras e brancas (peixes e aves) |
Frituras
em geral |
Leite
e iogurte desnatado |
Camarão
e Lagosta |
Queijo-de-minas
e ricota |
Queijo
amarelo |
Margarina |
Gema
de Ovo |
Verduras |
Sorvetes
e doces em geral |
Legumes |
Leite
e derivados |
Arroz
integral |
Como
evitar o Infarto
- Evite
alimentos gordurosos e ricos em colesterol.
- Para
de fumar. O cigarro aumenta a pressão e favorece a formação
de placas de ateroma e aumenta a freqüência cardíaca.
- Se
você é fumante e não consegue parar evite
as pílulas anticoncepcionais.
- Use
sal com moderação
- Faça
exercícios regularmente, sob orientação médica
e após teste de esforço. Lembre-se que caminhar
é melhor que correr.
- Consuma
álcool com moderação.
- Modifique
seus hábitos, evitando situações de stress.
- Depois
dos 35 anos ou conforme orientação médica,
faça uma dosagem anual de colesterol.
- Se
for diabético, redobre os cuidados com o infarto.
Lúcia
Helena Salvetti De Cicco
Direotra de Conteúdo e Editora Chefe
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