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                Câncer 
                    de Mama A segunda causa morte no Brasil entre as mulheres.
 O 
                  câncer de mama lidera o índice de mortalidade no 
                  Brasil, só ficando atrás dos acidentes automobilísticos, 
                  atropelamentos e assassinatos. A cada ano morrem de câncer 
                  no Brasil dez mil mulheres e a faixa etária está 
                  acima dos 35 anos. Uma 
                  das maiores causas da morte por câncer de mama é 
                  a detecção tardia e a metástese (transmissão 
                  de células cancerosas para um órgão próximo). 
                  Sessenta por cento dos casos são identificados em estágios 
                  avançados (tumores com mais de 5 cm de diâmetro). 
                  Aí a mastectomia (retirada de um dos seios) é 
                  inevitável. Em tumores iniciais (menos de 2 cm) pode 
                  ser feita uma cirurgia chamada quadrantectomia sem retirada 
                  do seio. Depois 
                  da cirurgia é preciso esperar 10 anos. Se durante este 
                  período a mulher não apresentar nenhum tipo de 
                  câncer, será considerada curada. A tendência 
                  é de pelo menos 10% das vítimas apresentarem novamente 
                  o problema. Uma das explicações é a metástese 
                  da doença que pode começar um ou dois antes da 
                  manifestação do tumor, disseminar-se pelo sangue 
                  e órgãos vitais e levar à morte. Somente o médico é que poderá realmente 
                  dizer se as alterações eventualmente notadas são 
                  nódulos malignos ou benignos, se haverá seqüelas 
                  de cirurgias, mastites ou displasias (modificações 
                  nos dutos e lobos glandulares) mamarias. Uma secreção 
                  espontânea no mamilo e a retração da pele 
                  também podem indicar a presença de tumores.
 
 
                  A 
                      melhor prevenção é o Auto-exame. 
 Para 
                  se obter um diagnóstico precoce é preciso fazer, 
                  periodicamente, um auto-exame dez dias após a menstruação. 
                  O ideal é realizá-lo mensalmente depois dos 20 
                  anos de idade. Depois de completar 35 anos as mulheres devem 
                  intensificar os cuidados com visitas periódicas a um ginecologista ou um mastologista. O 
                  exame preventivo feito pelo especialista, pode detectar nódulos 
                  com até 1 cm de diâmetro, além de mudanças 
                  na textura da pele, coloração e saída de 
                  secreções. Existe 
                  um exame mais preciso na detecção do câncer 
                  de mama que é a mamografia (é uma radiografia 
                  feita dos seios capaz de identificar tumores dois anos antes 
                  de ser palpável, por meio da presença de microcalcificação 
                  ou nódulos pequenos) e deve ser feito anualmente ou pelo 
                  menos de dois em dois anos. Os médicos recomendam a mamografia 
                  entre os 35 e 40 anos. Nos casos de câncer de mama na 
                  família é recomendado a mamografia após 
                  os 20 anos de idade, para se ter um controle maior da paciente. O 
                  apoio psicológico após a cirurgia é fundamental, 
                  principalmente por parte dos familiares. O relacionamento conjugal 
                  e a volta ao trabalho são fases mais difíceis 
                  no processo de reintegração ao dia-a-dia. Normalmente 
                  a mulher fica com vergonha do próprio corpo e alguns 
                  maridos, sem conhecimento, as rejeitam por medo de uma contaminação 
                  que não existe. Dependendo 
                  da extensão da mastectomia a mulher pode ficar com o 
                  movimento dos braço afetado. Tarefas como carregar peso, 
                  operar máquinas, estender roupa no varal se tornam muito 
                  difíceis ou até impossível. No campo profissional, 
                  às vezes, é necessário mudar de função. 
                  Por isso, a presença de assistentes sociais e psicólogos 
                  no tratamento pós-operatório é fundamental.
 
                  Lúcia 
                      Helena Salvetti De Cicco Diretorad e Conteúdo e Editora Chefe
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