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Herpes Simples

O herpes simples é uma doença infecciosa aguda. Com exceção das infecções respiratórias, é, provavelmente, a virose mais comum. 

Os vírus do herpes simples (VHS ou HSV), apresentam dois tipos distintos: tipo 1 (VHS-I), causador das infecções bucais, e o tipo 2 (VHS-II), causador das infecções genitais. 

Atualmente, sabe-se que tanto o tipo 1 como o tipo 2 podem provocar infecções em ambas as localizações, entretanto, a maioria das infecções bucais é devida ao VSH-I. 

São vesículas que aparecem geralmente na gengiva, língua e lábios, podendo em média durar 10-14 dias. Pode causar febre, mal-estar, dor de cabeça, dor ao deglutir, irritabilidade, náuseas, fadiga, perda do apetite, indisposição, inflamação dos gânglios e dor de garganta; pode ocasionar gengivite intensa. 

O aspécto clínico e a história da doença pelo VHS são bem característicos. 

Para que um indivíduo apresente o herpes simples, é necessário que na infância, ele tenha apresentado a gengivo-estomatite herpética primária. Caracteriza-se por lesões inflamatórias que evoluem a ulcerações superficiais por toda a mucosa bucal, acompanhada de dor, febre, irritabilidade e linfadenopatia regional.

 

Regridem em 2 a 3 semanas. Isto é a infecção primária, ou seja, o primeiro contato com o vírus causador do herpes simples. 

Após a infecção primária, o vírus se instala nos gânglios nervosos regionais, permanecendo latente, dormente, até ser reativado. As lesões recidivantes iniciam-se com ardor local, coceira e aparecimento de pequenas vesículas que coalescem, originando lesões maiores. Posteriormente, estas se rompem ocasionando ulcerações com halo eritematoso, ou seja, a região fica muito vermelha, machucada e dolorida. 

Normalmente, as lesões cicatrizam em 7 a 14 dias sem deixar marcas. 

Os fatores capazes de desencadear as recidivas, tirar o vírus da latência são: infecções das vias aéreas, doenças que são acompanhadas de febre alta (pneumonia, sinosites...), raios solares, traumatismo, mestruação, estress físico e emocional. As causas predisponentes são as que diminuem a resistência do paciente. Na maioria dos casos, não se consegue identificar o fator desencadeante. É mais freqüente em adultos e em crianças na faixa etária de 1 a 6 anos, podendo estar associado ao período da erupção dentária. 

Deve-se fazer tentativas de controle da doença através de quimioterápicos antivirais e programas educativos. Não há tratamento específico, mas a desidratação das vesículas com vapor de cânfora, álcool absoluto, ou tintura composta de benzoía pode acelerar o curso da doença e promover a cicatrização sem seqüelas. O controle da infecção por este vírus baseia-se na prevenção através do cumprimento rigoroso das normas universais de biossegurança. Com um acompanhamento profissional é indicado para tratar, em alguns casos, Aciclovir - compr. (fazer uso do medicamento somente com receita); na fase prodrômica da manifestação do herpes, pode-se usá-lo topicamente de 5 a 6 vezes ao dia. Os casos de resistência são raros e, quando ocorrerem, a droga de eleição é o Foscarnet. O dentista vai saber o que é indicado para seu caso. 

O VHS é mais freqüentemente transmitido através do contato direto com lesões ou objetos contaminados. A disseminação assintomática do vírus, através de fluídos orgânicos (sangue, saliva e secreções vaginais) ou das lesões crostosas - consideradas até como não infectantes - constituem uma importante forma de trasmissão. 

O vírus sempre está presente na saliva do indivíduo durante a evolução da doença, podendo transmitir-se através de perdigotos e também pelo beijo. 

Esse vírus pode infectar a pele ou membranas mucosas. Pode provocar também infecção ocular (via aerossóis ou auto-inoculação), porém não consegue atravessar a pele íntegra. 

O VHS pode sobreviver por 2 horas na pele; por 4 horas em superfícies plásticas e por até 3 horas em tecidos. 

O vírus quando penetra em um organismo saudável, que não tinha tido contato com o vírus até o momento, ele costuma permanecer em estado de latência. A reativação pode ser estimulada por trauma dos tecidos, estress, imunossupressão, luz ultravioleta, alterações hormonais e infecções. 

Atenção
 

A persistência dessas lesões causadas pelo VHS, por mais de 4 semanas associadas à soropositividade para o HIV é conclusivo para o diagnóstico de AIDS. Procure sempre um profissional da área de saúde para orientações!!! 

Seguem algumas ilustrações de herpes simples.

Na região anterior do lábio, temos o herpes simples na fase de crosta, constituem uma importante forma de transmissão, como dito anteriormente. No canto da boca, está o herpes simples ainda na fase de vesículas, esta secreção produzida, é extremamente contagiosa.
 
Este paciente portador do vírus herpes simples, teve uma manifestação na língua, em forma de placa branca amarelada, com os mesmos sinais e sintomas das demais manifestações.
 

Caso de Herpes Recorrente onde o paciente apresentou todos os sinais e sintomas anteriormente relatados no artigo


 


 
Dra. Micheli Nahás Matiello - Cirurgiã Dentista - Bauru/SP

 

 
 

 
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