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Tabagismo passivo e crianças
 

Dr. Alessandro Loiola
CRMMG 30.278

O tabagismo como problema de saúde pública mundial é uma guerra que já dura quase cinco séculos. Apesar disso, apenas na segunda metade do século XX as autoridades sanitárias do mundo todo iniciaram de fato uma campanha para banir o fumo da sociedade. No Brasil, maior ênfase nesta tendência pôde ser observada a partir da década de 1990, mas esforços vinham sendo esboçados desde há 30 anos.

Que o tabagismo ativo representa um agravo à saúde do indivíduo, isto está bem estabelecido na consciência de todos nós. Mas até que ponto sabemos realmente dos riscos envolvidos com o tabagismo passivo e à simples presença de fumaça de tabaco no ambiente ?

Mais de 4.000 diferentes produtos químicos foram identificados na fumaça do cigarro e pelo menos 40 deles causam câncer. Nos EUA, cerca de 26% dos adultos são tabagistas e mais da metade das crianças com menos de 5 anos de idade vivem em lares com pelo menos um adulto fumante.

Aproximadamente 3.000 fumantes passivos morrem por câncer pulmonar anualmente (o risco de desenvolver câncer a partir da fumaça do tabaco, um poluente doméstico, é 100 vezes maior que o risco a partir de outros poluentes fora de casa). Por aqui, o problema apresenta proporções semelhantes.

As crianças são as principais prejudicadas: o tabagismo passivo causa irritação dos olhos e das vias aéreas superiores, prejudica a função pulmonar, aumenta tanto a freqüência como a severidade das crises de asma, resfriados, faringites, sinusites, rinites e outros problemas respiratórios crônicos.

A exposição à fumaça do tabaco também aumenta o número e a duração de infecções do ouvido (otites), valendo lembrar que as Otites são a causa mais comum de perda da audição na infância.

Em crianças com menos de 2 anos de idade, a exposição ambiental à fumaça do tabaco aumenta a probabilidade de bronquite e pneumonia, segundo estudo da Enviromental Protecion Agency (EUA), que mostrou que este tipo de poluição causa 150.000 a 300.000 infecções pulmonares a cada ano em crianças abaixo de 18 meses de idade, resultando em 15.000 hospitalizações/ano.

A exposição passiva à fumaça do tabaco é um risco real e imediato e precisa ser melhor divulgada. Manter-se vigilante quanto à poluição ambiental com cigarro e/ou aconselhar um amigo ou parente tabagista a parar de fumar não significa apenas demonstrar preocupação com a saúde do outro, mas com a própria – e, mais importante de tudo, com a de nossos filhos.

Responsável Técnico: Dr. Alessandro Loiola, MD

•  Médico, especialista em Cirurgia Geral pela Santa Casa de Belo Horizonte.
•  CRMMG 30.278
•  Staff e Membro da Comissão de Ética do Hospital Nossa Senhora Aparecida, BH.
•  Membro do Conselho Consultivo Editorial de E-Biomed Brazil ( www.ebiomedbrazil.com ).
•  Membro do Health Advisory Board - P/S/L Resarch Group ( www.pslresearch.com ) para conteúdo médico-científico em websites.
•  Membro da AMIA – American Medical Informatics Association (www.amia.org).
•  Membro da SBIS – Sociedade Brasileira de Informática em Saúde
•  Membro do CBTMS – Conselho Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde ( www.cbmts.com.br )
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